Moda e Complexos Socioculturais
Anos 80: Moda Uniformizante
Foi à década marcada pela New Wave, ou também chamada de geração saúde. E foi tendo em mente a saúde que surge a febre da ginastica aeróbica que acabou influenciando o jeito no qual as pessoas se vestiam, e trazendo para o cotidiano das pessoas a lycra, a sapatilha e a polaina. Assim as roupas eram excêntricas e exageradas, com cores cítricas, estampas de animais e sobretudo muito alegres e de bolinhas, foi sem dúvida o grande marco na moda da época.
Foi considerada a época do exagero, pois era uma mistura de elementos da moda feminina e masculina. Por exemplo, o cantor Boy George usava batom, fazia as sobrancelhas e seu rosto era bem maquiado, semelhante ao dos artistas de teatro, em determinadas peças. Apresentava-se munido de apetrechos, saia, lencinhos, cabelo grande e etc. Um estilo bem excêntrico.
Sendo assim esta década trouxe aos estilistas mais liberdade de criar o seu próprio estilo com mais visibilidade, vendo o crescimento o marketing ajudou a alimentar o mercado e com isso divulgar a moda aos jovens que implantaram estilos próprios aos seus grupos como o movimento hip hop que estabeleceu um novo estilo para os jovens do gueto ao usarem tênis de marca, bonés de times de basebol, camisas e calças bastante largas, casacos e diversos adereços como correntes de prata e ouro.
A preocupação central da mulher brasileira: O Envelhecer
Freyre (1987) valorizava o corpo da mulher brasileira, um corpo miscigenado cheio de equilíbrio e contrastes. Com essas ideias ele tinha o intuito de propor uma consciência brasileira, pois achava que a mulher deveria se vestir de acordo com o clima tropical de nosso país ao invés de se deixar levar passivamente e até grotescamente pelas modas europeias ou norte-americanas de: roupa, sapato, adorno, penteado, perfume, de andar, de sorrir, de beijar, de comportamento, no modo de ser mulher. Em sua concepção as modas e os modismos não estavam ligados