Moda como instrumento de individualidade
Para Lipovetsky (1989), a sociedade de consumo está mais voltada para o uso de objetos em favor de um “auto-prazer”, realização pessoal, e não mais de uma busca pelo status oferecido pelas marcas. O que esses objetos trazem é uma aceitação social, sentimento de integração, aceitação. O consumo passou a ter como finalidade então o bem-estar, a funcionalidade.
Pode-se dizer que a moda contemporânea é paradoxal. Os códigos servem para caracterizar o indivíduo como único e ao mesmo tempo como parte de uma tribo.
A sociedade contemporânea não pode mais ser vista como um todo homogêneo, e sim subdivida em vários segmentos, tribos e nichos, que utilizam a moda como instrumento de diferenciação.
A informação advinda das imposições feitas pelas tendências da moda perdeu força para o conceito do estilo, do desejo de demonstrar personalidade forte, identidade. Não se aceita mais a moda mastigada pelos seus ditadores. Com as freqüentes mudanças dessas tendências, ou seja, sua efemeridade, o que até então era novidade, já não interessa mais.
Segundo Lipovetsky,
(...) o individualismo na moda é a possibilidade reconhecida à unidade individual... de ter poder de iniciativa e de transformação, de mudar a ordem existente, de apropriar-se em pessoa do mérito das novidades ou, mais modestamente, de introduzir elementos de detalhe do seu gosto próprio. (1989, p.47).
A individualidade pode ter como