Mito nas Organizações

LIDERANÇA, MITO E IDENTIFICAÇÃO: FACES DO CONTROLE AFETIVO NAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHO ELAINE CRISTINA SCHMITT RAGNINI* ANNE PINHEIRO LEAL** SINERGIA, Rio Grande, 14 (2): 23-37, 2010.

Disponível em: file:///C:/Users/ASUS/Downloads/2508-6858-1-PB.pdf

4 CASO 1 – CONTROLE AFETIVO E A IDENTIFICAÇÃO PELO MITO Sempre se deve procurar melhorar a situação existente; ninguém deve se conformar com o que já conseguiu, mas sim esforçar-se continuamente para realizar ainda melhor o seu trabalho. [...]
É a minha intenção, além de contribuir para amenizar as diversas formas de carência, promover o desenvolvimento moral, físico e intelectual das pessoas. (Bernard Alfa, fundador da empresa – material institucional). A organização em questão é uma multinacional de grande porte, do setor metalúrgico, localizada no estado do Paraná, presente em 147 países, aqui denominada Alfa. É uma empresa de origem alemã que iniciou suas atividades no final do século XIX e possui atualmente cerca de 232 mil funcionários, em mais de 120 países, sendo 13800 no Brasil, dos quais aproximadamente 4000 no Paraná, concentrando 85% da mão-de-obra na área operacional. A empresa possui um baixo turn-over, faz poucas contratações e sustenta uma política de estabilidade no emprego. O funcionário da Alfa costuma fazer carreira e só obtém cargos mais relevantes na hierarquia da organização quando já tiver alguns anos de trabalho na empresa.
Um funcionário que está há sete ou oito anos na empresa é considerado “novo de casa”. O mais comum é encontrar funcionários que tenham mais de dez anos de trabalho na Alfa.
Para manter e aprimorar o perfil de seus “colaboradores”, denominação dada aos funcionários da empresa, a Alfa proporciona formação profissional integrada a uma política de educação permanente e valorização de seus recursos humanos. Esses fatos fazem parte da visão stratégica da empresa. A cada ano, a empresa inova seus processos de gestão e produção de acordo com as