Método estruturalista
O método estruturalista parte da investigação de um fenômeno concreto, eleva-se a seguir, ao nível abstrato, por meio da constituição de um modelo que represente o objeto de estudo, retornando por fim ao concreto, dessa vez como uma realidade estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social. Considera que uma linguagem abstrata deve ser indispensável para assegurar a possibilidade de comparar experiências, à primeira vista, irredutíveis que, se assim permanecessem, nada poderiam ensinar; em outras palavras, não poderiam ser estudadas. Dessa forma, o método estruturalista caminha do concreto para o abstrato e vice-versa, dispondo, na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos fenômenos. Para penetrar na realidade concreta, a mente constrói modelos, que não são diretamente observáveis na própria realidade, mas a retratam fidedignamente, em virtude de razão simplificante de o modelo corresponder à razão explicante da mente, isto é por baixo de todos os fenômenos existe uma estrutura invariante e é por este motivo que ela é objetiva; assim, toda analise deve levar um modelo, cuja característica é a possibilidade de explicar a totalidade do fenômeno, assim como a sua variabilidade aparente. Isto porque, por intermédio da simplificação, o modelo atinge o nível inconsciente e invariante. Utilizando o método estruturalista, não se analisam mais os elementos em si, mais a relações que entre eles ocorrem, uma vez que somente estas são constantes, ao passo que os elementos podem variar; dessa forma, não existem fatos isolados passiveis de conhecimento, visto que a verdadeira significação resulta da relação entre eles. A diferença primordial entre os métodos tipológico e estruturalista é que o “ tipo ideal ” do primeiro inexiste na realidade, servindo apenas para estudar a mesma, ao passo que o “ modelo ” do segundo é a única representação concebível da realidade. Por exemplo: estudos das relações