Mito dos Andróginos

400 palavras 2 páginas
O Mito dos Andróginos

No início de O banquete, o fato de Eros (deus do Amor) não ter tido a devida atenção dos poetas e dos filósofos é o que motiva o diálogo entre os convidados que tentaram definir, cada qual à sua maneira, o que é o Amor. Dentre os convidados estava Aristófanes, comediante grego, que acredita que para conhecer esse poder é preciso antes conhecer a história da natureza humana. A partir daí, Aristófanes fala do Mito dos Andróginos para explicar o que é o Amor. E andrógino, mais do que um ser que apresenta características femininas e masculinas (homem = andros e mulher = gyno) como a gente em geral pensa, é ser um só. Os seres humanos inicialmente eram duplos e de três tipos: macho-macho, fêmea-fêmea e macho-fêmea; com duas cabeças, quatro pernas, quatro braços... Porém, considerando-se seres tão bem desenvolvidos, os homens resolveram subir aos céus e lutar contra os deuses, e Zeus, como castigo pela sua rebeldia, os dividiu ao meio e costura na frente de cada um o sexo e cada uma das partes passará a vida a procura da sua metade original, que pode ser um outro homem, caso o ser original tenha sido a união de 2 homens; uma outra mulher, em busca de outra ou o sexo oposto, no caso dos andróginos. Dessa divisão nasce o desejo de cada ser humano completar-se no outro. Para Aristófanes, o Amor é justamente essa busca constante e incansável por sua metade para se restabelecer o original. Desde então os homens vivem na privação e nostalgia da outra metade. Ele conclui que é assim que nasce o amor, marcado pela ausência. Da nostalgia da outra metade nasce o desejo, o que leva à busca, para finalmente se sentir completo. Essa completude não se trata somente de união sexual, mas de uma ligação inexplicável das almas. Uma metade “enxerga” na outra tudo que lhe falta, mas que esse enxergar vem da alma, é se sentir completo e atingir a plenitude. Assim, aqueles que resultaram do corte de um andrógino, sejam homens ou mulheres, procuram o seu

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