minhocão
Questões sociais O Minhocão localiza-se numa região que antes era ocupada por mansões, chácaras da elite cafeeira, porém com a Grande Crise de 29 e a Revolução de 30 essa elite acabou abandonando os palacetes, deixando os empreendedores imobiliários interessados naqueles lotes para a construção de prédios para uma população de classe mais baixa, sendo que os próprios donos dos lotes encomendavam e financiavam a construção desses edifícios, destinando os apartamentos a sua família ou para o aluguel. E como resultado disso houve um processo de verticalização e aumento demográfico, afastando aos poucos a elite paulista da região. E quando foi implantado o Elevado Costa e Silva (1970) houve uma intensa degradação urbana, desvalorização da região, e consequentemente, o abandono das classes altas no local, assim houve uma multiplicação de pensões, moradias baratas, gerando uma diversidade de “tribos” que moram lá, como mostra no documentário “Elevado 3.5” onde aparecem travestis, pedreiros, antigos moradores, alfaiate, fotógrafos, etc. O principal problema do Elevado é o seu chão, uma área totalmente degradada, abandonada, onde até a luz do dia evita passar por lá, logo, é tomada por atos de vandalismo, prostituição, aumento de moradores de ruas e consumidores de drogas. Um local marginalizado, que também há a presença de ambulantes, lojas, e no qual as pessoas, na maioria dos casos, passam por lá apenas por necessidade na hora de pegar um ônibus ou no caminho de volta pra casa. Acima do Minhocão, nos horários abertos a carros passam dezenas de milhares de veículos diariamente, porém até essa área não escapa da marginalização, sendo os motoristas alvos de assaltos nos momentos de congestionamento. E quando o Elevado é fechado as pessoas começam a aparecer, gente que vai só pra passear ou para se exercitar.