minha historia
Minha apresentação divide-se em cinco pequenos tópicos que, espero, estejam suficientemente articulados para facilitar o entendimento das considerações arroladas. 1. Sobre as mudanças no campo da historiografia
A historiografia, já há algumas dezenas de anos, vem se fragmentando ou, como querem alguns, vem se especializando. Eu me acostumei a dizer que a fragmentação e a especialização não são bons princípios para a ciência da história, mesmo reconhecendo que elas acontecem de forma quase hegemônica tanto na produção da pesquisa histórica, como na atualidade. Na verdade, tornei-me um adepto de um princípio epistemológico que passou a estar sob suspeita entre muitos seguidores da denominada ‘nova história’. Qual?
Dilemas à parte, e apenas em termos de constatação, vale lembrar, entretanto, que se ampliou muito o campo de pesquisa com o qual os pesquisadores da história passaram a se ocupar. Nada tenho a opor, portanto, contra a história das mulheres, dos marginais e das massas; a história rural, urbana, da religião, da vida privada etc.
Na mesma onda, até batizada por alguns de pós-moderna, também se multiplicaram os tipos de abordagens: micro-história, história regional, história local,
1 Curso de Especialização para Gestores do Sistema Público Estadual de Educação – São Paulo – S.P.,
Primavera de 2005.
Revista HISTEDBR On-line Artigo
Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p.20–27, ago. 2006 - ISSN: 1676-2584 21 história quantitativa, dentre outras. As dimensões, por sua vez, são inúmeras: história social, demográfica, econômica, política, cultural e assim por diante. Veja-se, por exemplo, a tentativa feita por Barros (2004) de mapear um pouco este quadro ao qual me refiro.
Todo este alargamento