Mineração em Nova Lima sec XVII e XVIII
O ano de 1693 é a data geralmente aceita pela historiografia para as primeiras notícias efetivas sobre a exploração do ouro nas Minas. Contudo, embora essa data seja a mais difundida, vários relatos históricos não permitem descartar a possibilidade de que descobertas anteriores, mais diretamente vinculadas aos companheiros da bandeira de Fernão Dias Paes nestes sertões no ano de 1674, tenham de fato ocorrido. É o caso do seu genro, Manuel da Borba Gato, que então o acompanhava nas entradas em busca da afamada Sabarabuçu, e que ficou conhecido como o descobridor dos aluviões auríferos na região do Rio das Velhas.
A bandeira de Fernão Dias, grandiosamente organizada, assim como outras, que chegavam a levar até mais de cinqüenta pessoas, ao longo do seu percurso fez três pousos: em Ibituruna, perto da confluência do rio das Mortes com o Grande; na região do Paraobepa, e no Sumidouro do rio das Velhas. Nesse último pouso, a bandeira teria ficado alguns anos fazendo roças e pesquisando seus arredores, antes de prosseguir a jornada para Sabarabuçu. Borba Gato, no entanto, não seguiu com a bandeira, ficando responsável pelo pouso do Sumidouro (mais tarde denominado “arraial do Borba”), a fim de tomar as devidas providências para quando a jornada voltasse. Foi neste momento que Borba Gato teria explorado o Rio das Velhas e seus afluentes e encontrado ouro onde mais tarde foram criados vários assentamentos voltados à mineração, como, por exemplo, Sabará e Nova Lima.
Em março de 1681, a bandeira chefiada pelo administrador-geral das minas, D. Rodrigo de Castelo Branco, partia de São Paulo percorrendo o mesmo caminho da bandeira anterior. Ao chegar ao sítio do Paraopeba, encontraram com Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias (que então havia morrido), que tratou logo de dar notícia dos