mineraçao
NORTE
A Mineração Rio do Norte foi um dos empreendimentos estatais — com ou sem participação privada, nacional ou estrangeira (o chamado "tripé") — deslanchados nos anos 70 para explorar jazidas que até então vinham sendo mantidas como reservas por empresas multinacionais.
"As primeiras ocorrências de bauxita na Amazônia, localizadas no extremo oeste do estado do Pará, foram descobertas pela Alcan na década de 60. No final de 1971, a Alcan deu início à implantação do projeto Trombetas, mas logo depois as obras foram suspensas, em função da depressão no mercado mundial do alumínio na época. Em outubro de 1972, a Companhia Vale do Rio Doce e a Alcan iniciaram entendimentos para constituir uma joint-venture, visando a retomada da implantação do projeto. Em junho de 1974, foi assinado o acordo de acionistas da Mineração Rio do Norte S.A."
Complexo MRN às margens do
Trombetas, com o pátio ferroviário à direita e a vila em segundo plano
Instalações da MRN à margem do rio Trombetas, com o aeroporto à esquerda, sob a nuvem
Integrava um planejamento amplo, de grandes projetos, mais ou menos interligados — como as fábricas de alumina (produto intermediário) Alunorte, em
Barcarena, PA; as fábricas de alumínio Alumar, em São
Luís, MA, e Albrás, também em Barcarena, PA; o projeto
Carajás; a usina hidrelétrica de Tucuruí etc. —, onde se misturavam objetivos econômicos e estratégicos
(redução da dependência externa de energia e insumos industriais básicos, equilíbrio da balança comercial, descentralização econômica regional, estímulo à formação de um grupo de multinacionais brasileiras etc.), aproveitando um momento favorável à tomada de empréstimos estrangeiros (petrodólares) a juros inicialmente baixos (porém flutuantes).
Áreas de mineração, e extremidade sul da ferrovia
Gilberto Santos Abrahão Júnior [Mineração
Rio do Norte, julho de 2002, Fundacentro,
apresentação