Minamata
Em janeiro de 1946, na cidade de Minamata, na costa do Japão, quatro pacientes foram internados no hospital, os médicos ficaram confusos com os sintomas que os pacientes tinham em comum: convulsões severas, surtos de psicose, perda de consciência e coma, depois os pacientes apresentaram febres muito altas e acabaram falecendo.
Os médicos ficaram chocados pela alta mortalidade da nova doença: ela foi diagnosticada em treze outras pessoas, incluindo algumas de pequenas aldeias pesqueiras próximas de Minamata, que morreram com os mesmos sintomas, assim como animais domésticos e pássaros. Foi descoberto que o fator comum de todas as vítimas era que todas comeram grandes quantidades de peixes da Baía de Minamata. Pesquisadores da Universidade Kumamoto chegaram à conclusão que o mal não era uma doença, mas sim envenenamento por substâncias tóxicas. Tornou-se claro que o envenenamento estava relacionado à fábrica de acetaldeído e PVC de propriedade da Corporação Chisso, uma companhia hidroelétrica que produzia fertilizantes químicos. Falar publicamente contra a companhia era proibido já que ela era um empregador importante na cidade. Com o tempo, a equipe de pesquisa médica chegou à conclusão que as mortes foram causadas por envenenamento com mercúrio mediante consumo de peixe contaminado; o mercúrio era usado no complexo Chisso como catalisador. Por isso deve-se tomar cuidado com o destino final dado às lâmpadas fluorescentes e fosforescentes queimadas, pois se lançadas em locais inapropriados podem quebrar-se, libertando vapor de mercúrio e trazendo riscos à saúde e ao meio ambiente.
A Síndrome de Minamata demora 20 anos para se manifestar após o início da contaminação e este foi o período de duração do garimpo.
No total, mais de 900 pessoas morreram com dores