Milagre grego
A crítica histórica, arqueológica, filológica e lingüística mostra que na verdade houve uma mutação qualitativa produzida sobre a herança recebida de outras civilizações: o pensamento racional sistemático baseado em princípios universais; a laicização do poder, isto é, a invenção da política e das discussões e debates públicos na vida social; a invenção da cultura como areté e paidéia. OS GREGOS NÃO SOFRERAM NENHUMA INFLUENCIA HISTORICA PARA CRIAREM A FILOSOFIA, QUE ELES ERAO INTELIGENTES, SABIAM DE TUDO OS MESMOS CRIARAM.
Orientalismo: as grandes civilizações orientais (egípcia e babilônica) mantiveram relações com as civilizações pré-helênicas (egéia, cretense e minóica) e estas, embora derrotadas pelos aqueus e pelos dórios, determinaram formas e conteúdos da vida social, da religião, dos mitos, das artes e das técnicas dos gregos. Traços da matemática e da medicina egípcias são encontrados na Grécia (embora distinta da teoria médica egípcia, a medicina grega utiliza medicamentos e procedimentos médicos e cirúrgicos comuns. Traços da astrologia babilônica também são encontrados na cultura e na ciência grega (ver comentários de Heródoto, Platão, Aristóteles, Filo de Alexandria, Clemente de Alexandria, e no Renascimento). É A TESE QUE CONTRADIZ O MILAGRE GREGO DIZ QUE SOFRERAM INFLUENCIAS E NÃO FORAM ELES QUE CRIARAM A FILOSOFIA, E SIM OS DECENDENTES HISTÓRICOS.
2. Harmonia luminosa versus dilaceramento desmedido:
Goethe fala no gênio helênico para caracterizar o pensamento grego como o resultado de uma harmonia luminosa entre a natureza e o pensamento; Rousseau sustentou que a filosofia grega nasceu do antagonismo das cidades , entre o conflito e a luta pela liberdade política, para Nietzsche, os gregos criaram a