Miguel reale
Tópico 02 O texto trata da diferenciação entre o mundo do ser e do dever ser, dessa forma fazendo distinção entre o que são valores sociais e os bens palpáveis de valor econômico aferível, no que tange ao valor deste, segundo o autor não é passível de mensuração econômica ou social dado sua característica atemporal e a-espacial, ou seja, os valores para Reale, não são passiveis de qualquer quantificação, pois valem enquanto valores que são. Os valores são comparáveis ao ser, o ser é valer, tendo em vista que ser e valer são duas categorias fundamentais, ou vê-se as coisas enquanto são ou enquanto valem e porque valem devem ser. A distinção entre ser e dever ser é antiga, mas segundo o texto passa a ter mais valor a partir da obra de Kant, Crítica da Razão Pura, onde se estabelece de maneira clara a real distinção entre estas categorias. O valor e sempre bipolar visto que a um valor sempre se contrapõem um desvalor, dessa forma sempre que existir um valor de belo a ele se contrapõe o feio, ao certo o errado e assim por diante. Por conseguinte o direito tem como uma de suas definições o zelo pelos valores considerados como bons pela sociedade punindo os que ofendem ao bem valorado pelo meio social. O valor exige uma tomada de posição por parte do homem, visto que os valores o são porque valem algo para alguém, tendo sempre um sentido apontando para determinado fim, sendo assim são também determinantes de conduta, pois mostram o sentindo em que o homem deve caminhar e com os valores que elegemos e majoramos como vetores as nossas vidas. Só o ser humano é capaz de valorar, e somente através do homem a realidade axiológica é possível. Toda sociedade obedece a uma tábua de valores a variar de acordo com a fisionomia da época, aqui a outra característica dos valores, sua possibilidade de graduação hierárquica, embora seja incomensurável o valor