Migrantes: convivendo com a diferença

Migrantes: convivendo com a diferença A história da sociedade é uma história de migrações. Vivemos numa sociedade global onde as pessoas cada vez mais se deslocam por se sentirem excluídas dos benefícios e recursos disponíveis, ou porque a há guerra... Ou até porque apenas decidiram assim... O Mundo não é de posse de ninguém e cada um tem direito a fazer as suas escolhas! No entanto não é assim que as coisas acontecem... Os números são frios e escondem uma realidade bem mais dura: o migrante é aquele que perde sua raiz, seu chão natal, o contato com os parentes, os amigos, sua igreja, suas festas... O migrante sofre grande discriminação nas metrópolis de todo o planeta, entretanto o restante da população não está recebendo com grande atenção este problema. Mas mesmo com todos esses preconceitos existem hoje no mundo 200 milhões de migrantes. Já no Brasil atualmente, existe cerca de 50 milhões de migrantes, entre eles bandeirantes, negros e migrantes europeus, entretanto a maioria deles é nordestino. Vítima das secas ou da exploração latifundiária foi para a Amazônia explorar a borracha. Neste século foi o responsável pelo desenvolvimento da indústria e construção civil em São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Brasília. Uma das participações mais notáveis na migração no Brasil foi da Igreja - católica e protestante - em acompanhar seus filhos. Sacerdotes, religiosos e religiosas também se faziam e se fazem migrantes com seu povo. A estereotipagem traduzida por essas categorias não respeita as peculiaridades culturais dos cidadãos provenientes de outros lugares. Além disso, de modo análogo ao que ocorrem com outros grupos subalternizados, os comportamentos e pré-julgamentos depreciativos geralmente atribuem aos migrantes o defeito de culturalmente atrasados e dotados de baixa capacidade de intelecção, naturalizando as diferenças ao associá-los a situações e ocupações de baixo prestígio social. Uma