Midias sociais
Então ordenou que encontrassem o mais hábil desenhista do país. Seus conselheiros e puxa-sacos foram à cata e, depois de cuidadosa procura, apresentaram um velho homem ao monarca. "Majestade, este súdito é o maior desenhista de borboletas do mundo."
O rei descreveu como era a borboleta do seu desejo. Combinou que pagaria duas moedas de ouro pelo serviço. O desenhista - um profissional pobre, apesar de talentoso - disse que voltaria ao palácio tão logo terminasse a borboleta.
Passou um mês, dois, três. Impaciente, o mandatário ordenou que chamassem o borboleteiro. O desenhista se desculpou: "Majestade, ainda estou trabalhando no desenho. Trata-se de uma borboleta belíssima e delicada. Preciso de mais tempo."
Dois anos mais tarde, quando sua majestade havia se esquecido da encomenda, o velho desenhista repicou o enorme sino da recepção do palácio. Apresentou seu RG em papiro e pediu para ver o monarca.
No princípio, o rei ficou surpreso: "Ora, ora. Aí está o desenhista-tartaruga. Precisou de dois anos para garatujar um inseto? Cadê o resultado?" O desenhista fez uma mesura e mostrou uma folha em branco.
Daí o monarca explodiu em cólera. "Vou mandá-lo para a masmorra. Você vai apodrecer lá até morrer. Guardas!" Neste momento, com a placidez que só os sábios detêm, o velho artista desenhou ali mesmo a mais bela borboleta que o mundo já viu.
Na sequência pediu licença e explicou: "Nesses dois anos e três meses trabalhei com afinco dentro da minha mente. Desenhei na imaginação todos os detalhes da borboleta. Me preparei para executá-la com extrema rapidez e lenta arte diante dos olhos de vossa majestade."
O desenho ficou tão gracioso que o Rei substitui a masmorra por um banquete. Para pasmo geral deu até um