Microdestilaria
Ao longo de três séculos Portugal tinha como primordial objetivo em relação à colonização do Brasil a acumulação de riquezas e o fortalecimento do Estado, através da produção voltada para o mercado europeu. Portugal, aproveitando-se da experiência obtida na produção do açúcar, que fora desenvolvida anteriormente ao descobrimento da América Portuguesa nas ilhas do Atlântico, proporcionou- lhes firmarem contatos comerciais que permitiam a alocação do produto no mercado europeu.
Sobretudo, relacionados a esses fatores, contribuiu também para a inserção do cultivo da canade- açúcar no Brasil o fato de haver aqui uma imensa área de terras agriculturáveis onde a cana-deaçúcar poderia ser produzida em grande escala. (FERLINI, 2003:18-20)
Desde então até o início da década de 40 encontrava-se na região Nordeste a hegemonia no que diz respeito à produção tradicional da agroindústria sucroalcooleira do país. Porém, a Segunda Guerra
Mundial provocou transformações na área do sistema canavieiro desta região. Pernambuco, que até então era o maior produtor de açúcar do país, teve sua participação reduzida no que diz respeito ao mercado açucareiro, cujo aumento dos custos com transportes que fora reajustado devido ao aumento dos custos dos combustíveis importados, acabaram por refletir nos preços do açúcar. (LEITE,
2003:18)
Junto aos efeitos da Segunda Guerra Mundial em relação ao Nordeste, o Estado implementou várias medidas no sentido de dinamizar a produção açucareira/alcooleira do país. Um passo fundamental
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para tal fato foi antes mesmo da Segunda Guerra Mundial, a criação do Instituto do Açúcar e Álcool
(o IAA) em 1933 que, entre outros encargos, teria o propósito de fomentar e controlar a produção sucroalcooleira no país (SZMRECSÁNYI, 1979:171-8). Logo houve a criação do Estatuto da Lavoura
Canavieira, em 1941, o qual procurou proteger os fornecedores de cana, e, mais recentemente o PROÁLCOOL, em 1975, com o