sorgo sacarino
Atualmente o sorgo (Sorgum bicolor (L.) Moench) é o quinto cereal mais cultivado no mundo com área superior a 43 milhões de hectares. O rendimento de grãos nos diferentes cultivares tem tido um crescente aumento devido a introdução de híbridos. Em países em desenvolvimento o rendimento médio é de 1,23 t ha , porém no Brasil a produção na safra 2009/2010 foi de 2,3 t/ha (FAO, 2010).
LIPINSKI & KRESOVICH (1984) pesquisando sobre culturas de grande potencial energético para utilizar como fontes renováveis de energia, afirmaram que culturas que se destacaram foram cana-de-açúcar, a beterraba e o sorgo sacarino.
O sorgo sacarino se assemelha à cana-de-açúcar, uma vez que o armazenamento de açúcares se localiza no colmo, além de fornecer quantidade de bagaço suficiente para geração de vapor utilizado em processo fabril. Outra vantagem é que a planta apresenta um rápido crescimento atingindo a maturidade entre 90 e 140 dias pós plantio, além de proporcionar picos de açúcar em diferentes épocas do ano.
A cultura destaca-se por apresentar maior tolerância ao alumínio tóxico no solo, ao déficit hídrico e à salinidade, possibilitando seu cultivo em áreas consideradas marginais à agricultura (Amaducci et. Al. 2004), demandando menor volume de água e fertilizante essa flexibilidade é devido o sorgo ser uma planta de características naturais fortes . O sorgo é menos exigente em água quando comparado a cana-de-açúcar ele não compromete o aprisionamento alimentar, pois pode ser utilizado com planta de dupla aptidão, é a 5ª das culturas com maior eficácia quanto a termos energéticos.
Dentre as culturas com potencial bioenergético, o sorgo sacarino destaca-se no cenário nacional, com área plantada de aproximadamente 8,4 milhões de hectares, com produção estimada em 22.857,6 bilhões de litros de etanol (Conab, 2011). No mercado algumas cultivares podem alcançar 4 mil litros de etanol por hectare.
O cultivo de sorgo sacarino pode ser uma alternativa