Metamorfose do serviço social
O surgimento do Serviço Social enquanto profissão é marcado pelos antagonismos entre classes, bem como as desigualdades sociais, econômicas e culturais entre estas. Onde a classe dominante – a burguesia – tendo imposto um novo sistema econômico e político, faz com que a sociedade em geral se submeta a este regime. A exploração e expropriação aumentaram exorbitantemente; os trabalhadores, em sua maioria operários, trabalhavam cerca de 16 horas e recebiam um salário medíocre que não dava nem se que para atender as necessidades básicas para sua sobrevivência, não possuíam direitos, só apenas o dever de produzir intensivamente para beneficiar e gerar mais capital para o seu patrão – o capitalista ou burguês. Contudo, aos poucos os trabalhadores foram tomando consciência da importância do papel que desempenhavam, pois, eram eles que sustentavam a sociedade e fazia com que a burguesia mantivesse o seu status. Com isso, começaram a reivindicar os seus direitos e entrar em conflito com a classe dominante. A situação agrava-se após a Segunda Guerra Mundial que é o mesmo período que ocorre o Estado Novo no Brasil. Depois da segunda grande guerra, os países entraram em declínio econômico, inúmeras empresas faliram e, tantas outras tiveram que reduzir os seus gastos e com isso diminuíram os salários e dispensaram muitos trabalhadores. Tinham-se milhares de desempregados sem as condições mínimas para sua sobrevivência.
O choque entre as classes se intensifica, e a burguesia vê a necessidade de criar um meio para apaziguar a situação, e poder continuar se mantendo no poder. Junta-se então com a igreja, que durante esse período vai perdendo seu espaço e respeito em detrimento ao surgimento de novas religiões. Decidem assim, criar uma prática assistencialista que atenda as necessidades básicas dos mais necessitados, mas atendendo apenas naquele determinado momento – em curtíssimo prazo –, sendo uma prática puramente assistencialista que cuidaria