metacontingencia
Singrid Glenn em 1986, a partir do texto “Metacontingencies in Walden Two. In Behavior Analysis and Social Action”, amplia o objeto de estudo da AC e insere o conceito de “Metacontingência” para os estudos analítico-comportamentais relacionados às práticas culturais (conjunto de crenças e valores de um grupo/comunidade), lançando o desafio da análise do comportamento apropriar-se também de seu estudo (GLENN, 1986; TODOROV & MOREIRA, 2004; GUSSO & KUBO, 2007; MARTONE & TODOROV, 2007).
Metacontingências são relações recorrentes de dependência entre contingências comportamentais entrelaçadas (nas quais, cada operante é mantido por contingências de reforçamento específicas) com seus efeitos agregados (necessariamente produzidos pelo entrelaçamento) e conseqüências culturais que selecionam tais CCEs…as metacontingências envolvem os processos de variação de CCEs e de seleção por conseqüências culturais. Supõe-se a recorrência das contingências entrelaçadas, e seus efeitos agregados, e sua seleção por conseqüências, chamadas culturais (CCE-ea.–C)” (Caldas, 2009)
O produto agregado e o sistema de recepção ambos fazem parte do ambiente das contingências comportamentais entrelaçadas. Glenn e Malott separam em dois termos (produto agregado e sistema de recepção) eventos ambientais que fazem parte da seleção de contingências entrelaçadas. Qual a utilidade dessa separação?
No nível operante de análise a resposta operante frequentemente gera diversas conseqüências ambientais, mas nem todas têm função selecionadora e, no entanto não criamos novos componentes na unidade de análise. O rato ao pressionar a barra gera como conseqüência a barra abaixada, o clique da barra, o fechamento do circuito e a água ou comida; e não precisamos de um novo componente na unidade de análise.
No nível cultural de seleção Glenn e Malott citam como exemplo de metacontingência um restaurante.
“O produto agregado das contingências comportamentais entrelaçadas do restaurante é a