Mesopotâmia e Iraque uma análise comparada
O estudo da História Antiga ainda é muito desvalorizado nos meios acadêmicos e pedagógicos atuais. Porém possui extrema importância e aos poucos têm conquistado espaço e reconhecimento, principalmente devido às novas abordagens e análises comparativas. O estudo das civilizações antigas têm demonstrado grande êxito na adoção de métodos que relacionam passado e presente: o território, relações econômicas, políticas e sociais, as mentalidades de povos que habitaram e os que ainda habitam a mesma estrutura física, mas que estão separados por uma imensa barreira temporal. As conexões, semelhanças e distinções estabelecidas proporcionam uma base para repensar ambas sociedades e levantar reflexões inovadoras, suscetíveis a aplicação na análise de outras, existentes ou que já sucumbiram. Nessa perspectiva, também é possível compreender a fundo o quadro e os aspectos decisivos da configuração do presente, que possuem suas raízes ou perduram desde a Antiguidade. O objetivo desta pesquisa é, portanto, partir da especificidade da civilização Mesopotâmica e do Iraque atual para a construção de questões que problematizem e repensem a relação existente entre essas duas sociedades e que elas possam repercutir em demais trabalhos. O caráter comparativo e dedutivo serão os fundamentos para pensá-las e o propósito maior será buscar entender como uma atua na outra , qual é a dimensão da distância entre elas e o que se pode absorver dessa comparação.
A CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA
A civilização denominada pelos gregos de Mesopotâmia (palavra que significa: entre dois rios) ,que hoje é considerada o “berço da civilização” , pertencia ao chamado Crescente Fértil, de onde se originaram as primeiras civilizações do mundo antigo. Localizava-se no Oriente Médio entre os rios Tigre e Eufrates, estes de grande importância econômica para a região pois, no período entre junho e julho, as suas cheias realizavam a