Mercantilismo

Pensamento Econômico: Pensamento mercantilista
Jacob Viner
"Mercantilismo" é o nome normalmente dado, hoje, às doutrinas e práticas dos Estadosnações, entre o séc. XV e XVIII, relativas à natureza e à regulação apropriada das relações econômicas internacionais. Esta doutrina dá ênfase à importância de manter um excesso de exportação de bens e serviços sobre as importações como a única forma de um país sem minas de ouro ou de prata obter um fluxo contínuo de metais preciosos, considerados essenciais para a riqueza e força nacionais. No séc. XVIII, Mirabeau e Smith aplicaram a esta doutrina os termos "sistema mercantil" e "sistema comercial" para enfatizar o contraste com a doutrina dos fisiocratas, que minimizavam a importância do comércio exterior, enfatizando a importância da produção agrícola. Na década de 1860, escritores germânicos introduziram o termo Merkantilismus; e termos correspondentes, como "mercantilismo" em inglês, gradualmente tornaram-se padrão em todas as linguagens do mundo ocidental. O uso do termo é, algumas vezes, objetado, por frequentemente ser visto como pejorativo ou porque, embora tão usado, é inadequado para representar os vários conteúdos do pensamento econômico daqueles séculos. Objeções similares podem, é claro, ser feitas contra a maioria dos termos terminados em "ism", mas não parece ser possível ficar sem eles enquanto parece ser possível usá-los de forma disciplinada, com limitações. Neste artigo é feito um esforço para limitar a aplicação do termo no que se trata dos aspectos especiais e dominantes dos pensamentos e das práticas relacionadas às relações econômicas internacionais entre o séc. XV e o séc. XVIII.
A doutrina
A essência da doutrina pode ser resumida em 5 proposições ou atitudes:
1) as políticas devem ser enquadradas e executadas em termos de interesse nacional;
2) no relativo a qualquer elemento relevante da política nacional ou do comércio internacional é preciso dar peso ao estoque nacional de