Mercantilismo
O Mercantilismo surgiu na Idade Média, quando a Europa estava passando por uma crise de escassez de ouro e prata, não tendo metais suficientes para atender o crescimento do comércio. O Mercantilismo não é um sistema econômico, mas sim uma doutrina, um conjunto de práticas econômicas dos Estados europeus da época, pois o sistema econômico presente na Europa já era o capitalismo comercial. A principal ideia do Mercantilismo é que a riqueza de uma nação é medida pela quantidade de ouro e prata acumulados, essa definição ficou conhecida como metalismo.
De um modo geral, o principal objetivo do Mercantilismo foi o fortalecimento do Estado e consequentemente o enriquecimento da burguesia mercantil. Para isso, houve uma forte intervenção do Estado na economia com a finalidade de unificar o mercado interno e formar fortes Estados nacionais. Além disso, o Mercantilismo estava baseado nos incentivos às manufaturas para serem exportadas e assim gerar bons lucros; no protecionismo alfandegário, ou seja, no favorecimento à exportação e desfavorecendo à importação por meio de implantação de tarifas alfandegárias que barrassem a entradas de produtos importados; na balança comercial favorável; na soma zero, pois o volume de riquezas do mundo é inalterável, assim, para que uma nação enriquecesse, outra teria que empobrecer; na exploração e conquista de colônias que pudessem trazer metais preciosos para a metrópole; e no comércio colonial monopolizado, ou seja, as colônias deveriam comercializar exclusivamente com sua metrópole. Além disso, o Mercantilismo pretendia desenvolver a indústria, promover o crescimento do comércio e expandir o poderio naval.
O Mercantilismo tomou diversas formas em alguns países. Na Espanha, predominou o mercantilismo metalista, pois esse país tirava todos os metais preciosos de suas colônias de forma exagerada. O mercantilismo comercial se desenvolveu na Inglaterra e na França teve o mercantilismo industrial onde se produziam