Marx utiliza de seu método para escrever “O Capital”. Ele consiste numa “exposição categorial” em que articula categorias para discernir a lógica interna do capitalismo. Isso liga as categorias de mercadoria, mais-valia e capital (a mais-valia é um processo inerente às próprias categorias). Esta “exposição categorial” diverge da “exposição histórica de gênese ou origem. Para Marx, o capitalismo é uma totalidade orgânica, sendo que possui partes independentes entre si e uma parte não funciona sem a outra. O capitalismo é contraditório, insustentável e portanto, passageiro. Em “O Capital”, Marx coloca a necessidade de superarmos o capitalismo. Quando os trabalhadores rurais perderam os meios de produção, se transformaram em força de trabalho, ou seja, em trabalhadores assalariados. Houve a transformação da propriedade rural para a propriedade capitalista, além da cisão entre os meios de produção e o trabalho. Passaram a vender a força de trabalho ao capitalista porque não possuíam mais os meios de produção e assim, produzindo coisas que não lhes pertenciam. A exposição contrapõe-se à representação. Na exposição, não há influencia do teórico, o objeto é exposto tal como ele é. Na representação, o objeto é reposto diante de si a partir de uma exposição específica. A contradição do capitalismo está basicamente associada às categorias. A mercadoria primeiramente é dividida em valor de uso, que concerne ao conteúdo da mercadoria (material) e em valor de troca, que posteriormente será substituído por valor, e que concerne à medida dada pela mercadoria que permite que ela seja trocada (formal). O capitalismo tenta reduzir o conteúdo material das mercadorias (valor de uso), mas a mercadoria só pode realizar seu valor de troca se possuir valor de uso. Se aumentar o valor de uso, diminui-se o valor de troca e portanto diminui-se o lucro. Quanto menor a rotação do capital, maior a possibilidade de lucro. Isso representa em dimensão abstrata a principal contradição do