A mercadoria
A riqueza na sociedade capitalista apresenta-se como uma “imensa coleção de mercadorias”, a mercadoria é um objeto exterior que satisfaz as necessidades humanas de quaisquer espécies.
A utilidade da coisa representa o seu valor-de-uso, e o seu uso e seu consumo agregam o valor-de-troca em proporção quantitativa.
O valor de uso é o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a formação social. Desde que o homem passou a transformar a natureza, a partir da sua ação consciente, se produz valores de uso. A sociedade mais primitiva, na medida em que os seus habitantes trabalhavam, produzia valores de uso, tais como: machados, flechas etc. Uma coisa, portanto, pode ser útil e produto do trabalho humano, sem ser mercadoria, a exemplo do trigo produzido pelos camponeses na Idade Média que era entregue como tributo para o senhor feudal.
As mercadorias são produtos do trabalho humano, dispêndio de cérebro, nervos, mãos e sentidos do homem. A grandeza do valor contido nas mercadorias varia na razão direta da quantidade de trabalho e na razão inversa da produtividade
O trabalho não é a única fonte dos valores de uso que produz, da riqueza material. Existem utilidades para o homem que não são mediadas pelo trabalho, a exemplo do ar, do solo virgem, dos gramados naturais, das matas etc.
Com a produção de mercadorias surge a divisão social do trabalho, determinando assim o que cada individuo faz para colaborar com a produção.
Em relação ao duplo caráter do trabalho, temos que, todo trabalho é, por um lado, dispêndio de força de trabalho do homem no sentido fisiológico, e nessa qualidade de trabalho humano igual ou trabalho humano abstrato gera o valor da mercadoria. Todo trabalho é, por outro lado, dispêndio de trabalho do homem sob forma especificamente adequada a um fim, e nessa qualidade de trabalho concreto útil produz valores de uso.
As mercadorias só possuem valor quando manifestam transações sociais, nasce então o