A Mercadoria
I. Os dois fatores da economia: Valor de uso e valor de troca
II. O duplo caráter do trabalho materializado na mercadoria
III. A forma simples do valor ou o valor de troca
IV. O fetichismo da mercadoria- seu segredo
Capítulo: A Mercadoria Karl Marx PET-Economia FEAC-UFAL
A MERCADORIA
Os dois fatores da mercadoria: valor-de-uso e valor (substância e quantidade do valor). O duplo caráter do trabalho materializado na mercadoria.
A riqueza das sociedades onde rege a produção capitalista configura-se em “imensa acumulação de mercadorias” e a mercadoria, isoladamente considerada, é a forma elementar dessa riqueza. Valor-de-Uso A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, antes de mais nada, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, provenham do estômago ou da fantasia; A utilidade de uma coisa faz dela um valor-de-uso; Esse caráter da mercadoria não depende da quantidade de trabalho empregado para obter suas qualidades úteis; O valor-de-uso só se realiza com a utilização ou o consumo. Os valores-de-uso constituem o conteúdo material da riqueza. Valor-de-Troca
O valor-de-troca revela-se, de início, na relação quantitativa entre valores-de-uso de espécies diferentes, na proporção em que se trocam. Exemplo: Determinada mercadoria, 1 quarter de trigo, por exemplo, troca-se por x de graxa de sapato, ou por y de seda, ou por z de ouro etc., resumindo por outras mercadorias nas mais diferentes proporções. Assim, o trigo possui múltiplos valores de troca em vez de um único. Porém, sendo x de graxa, assim como y de seda ou z de ouro o valor de troca de 1 quarter de trigo, x de graxa, y de seda, z de ouro etc. têm de ser valores de troca permutáveis uns pelos outros ou iguais entre si. Daí se deduz: os valores de troca vigentes da mesma mercadoria expressam algo igual. Tomemos ainda duas mercadorias, por exemplo, trigo e ferro. Qualquer que seja sua