mercador de Veneza e o contrato
R: No filme o exequente Shylokc invoca a lei, trazendo a luta pelo direito, já que o contrato ( na época que se passa) era considerado válido e mútuo com fiador, tendo em vista que em Veneza um contrato entre duas pessoas era considerado "lei", e no que se entendia ambas as partes concordaram com o contrato, com isso ele retrata exatamente a verdadeira ligação entre o direito subjetivo e o objetivo, e apesar do Doge admitir que a lei é injusta ele deveria ser aplicada. O elemento objetivo identificado no filme entre a obrigação de Antônio para com Shylock é a seguinte, ambos acordaram um contrato e quando esse contrato não foi pago, o judeu convoca o que lhe é de direito usando o direito subjetivo através do objetivo para conseguir sua parte no acordo, e recorre ao fiador ja que o valor do contrato nao foi pago, a cláusula dizia que se não fosse pago , Antônio deveria dar um pedaço de carne tirada de seu corpo como pagamento. Entretanto o que foi pedido não atendia os bons costumes, mesmo assim, a parte de Antônio lhe permite que seja cortado parte da carne, porém nenhuma gota de sangue poderia ser derramada, e nada seria cortado a mais ou a menos do que no que foi acordado entre as partes, com isso Antônio invocou o direito objetivo que é a "lei do acordo" usando o direito subjetivo em seu favor, para atingir seus interesses, tendo em vista que o acordo dava brecha para tal contestação. Assim Shylock não conseguiu sua "justiça" nem atingir seu objetivo, o caso de Shylock e Antônio é considerado problemático em vários aspectos. Porém, nem sempre o que é justo acompanha o que é direito, e nem sempre o que é legal é justo.