Resenha Crítica do Filme: O Mercador de Veneza-Teoria Geral dos Contratos.
WILLIAM SHAKESPEARE
RESENHISTA: FRANCINNE DE LIMA GOMES
Os acontecimentos principais são narrados em Veneza, na Itália do século XVI, em meio a um contexto histórico no qual as atividades econômicas estavam em ascensão. O cristianismo da época condena a pratica dos judeus; estes concediam empréstimos a juros (agiotagem), o que para os cristãos era considerado totalmente impuro e ilegal. Observa-se a rivalidade entre Judeus e Cristãos, e como a igreja tem influência perante o Estado, sendo que esta empregava princípios com força de lei no qual a todos deveriam ser impostas. Tais atos praticados pelos Judeus, tratados de forma degradante, eram vistos como uma ofensa a Deus e ao Estado.
Em meio a este ambiente há dois grandes amigos; donde um se apaixona por uma bela jovem de nome Pórcia, porém tal homem, Bassânio, contraiu muitas dívidas em decorrência de sua leviandade. Todavia pede ajuda ao seu amigo Antônio, mercador de Veneza, que demonstra intenso desprezo aos Judeus. Antônio instrui Bassânio á procurar um deles, a fim de que este lhe empreste dinheiro para que o amigo apresente-se de forma adequada a sua amada, de forma que pretendia quitar a dívida através da fortuna no qual almejava com seus navios mercantes.
Ambas as partes celebram um contrato, no qual o Judeu Shylock emprestara a quantia de três mil ducados a Bassânio, sendo que Antônio deveria pagar-lhe no período estipulado, conforme cláusula específica, caso contrario teria como penalidade a retirada de uma libra de sua carne, o local a ser extraído ficaria a critério de Shylock. Todos concordaram com o contrato e suas obrigações, então seja o negócio fora firmado. O agiota Shylock carregava fortes mágoas em decorrência das humilhações no qual era submetido constantemente, principalmente em se tratando de Antônio. O judeu concedeu-lhes o empréstimo como forma de deboche, já que os cristãos recorrem a ele depois de tê-lo injuriado.
A única filha de Shylock