Mercado imobiliário
Metas ambiciosas desafiam a capacidade de expansão do setor
Expansão não é exatamente uma palavra nova para as construtoras brasileiras. Em 2006, havia uma única empresa do setor, a Cyrela, com faturamento acima de R$ 1 bilhão. Apenas três anos depois, um grupo de oito companhias ultrapassou o almejado patamar. Estimuladas por um lucro em média 85% mais alto no ano passado e pela confortável situação de caixa, proporcionada por uma bem sucedida rodada de captações em bolsa e de emissões de debêntures - que injetaram mais de R$ 10 bilhões no setor entre 2009 e este ano; empresas como MRV, PDG Realty e Rossi esperam uma evolução média de 50% nas vendas ou lançamentos este ano. Em alguns casos, como a Gafisa, o crescimento projetado de lançamentos chega a 95%. Os resultados operacionais que começaram a ser apresentados ao mercado na semana passada apontam, de fato, um setor bastante aquecido. As que já divulgaram, Brookfield, CCDI, Agre e MRV aumentaram substancialmente as vendas em relação aos primeiros três meses de 2009.
A mineira MRV, por exemplo, que atua na baixa renda e pretende construir este ano 40 mil unidades, teve o melhor primeiro trimestre de toda a sua história. As vendas da companhia somaram R$ 732,7 milhões (6.974 unidades), crescimento de 70,4% em relação ao mesmo período de 2009. Mas, para atingir o centro da a meta, a empresa teria que vender R$ 1 bilhão. " O primeiro trimestre costuma ser mais fraco, porque os meses de janeiro e fevereiro são piores para a venda de imóveis " , afirma Rubens Menin, presidente e fundador da companhia. " Vamos acelerar lançamento e vendas no segundo trimestre " , afirma Menin. Os lançamentos da empresa se concentraram depois do carnaval e somaram R$ 606 milhões, alta de 125% sobre 2009.
Fonte: Valor econômico 19/04
Metas ambiciosas desafiam a capacidade de expansão do setor
A Brookfield, união da Brascan, Company e MB Engenharia, vendeu R$ 561,6 milhões no primeiro