Toxoplasmose
ARTIGO
Estudo prospectivo de gestantes e seus bebês com risco de transmissão de toxoplasmose congênita em município do Rio Grande do Sul
Prospective study of pregnants and babies with risk of congenital toxoplasmosis in municipal district of Rio Grande do Sul
Sílvia Maria Spalding1, 2, Maria Regina R. Amendoeira3, Luis Carlos Ribeiro4, Cláudio Silveira5, Aparecida P. Garcia6 e Léa Camillo-Coura7
Resumo A população estudada foi composta por 2.126 gestantes atendidas em unidades do Sistema Único de Saúde da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Após o screening sorológico inicial ocorreu o acompanhamento das gestantes, durante o pré-natal, e de seus bebês. Foram realizadas dosagens de IgG, IgM, IgA, Avidez de IgG, inoculação em camundongos, PCR e coleta de placenta e de cordões umbilicais para realizar a técnica de imuno-histoquímica além de avaliações clínicas. Das gestantes avaliadas, 74,5% eram IgG reagentes e 3,6% IgM reagentes. Nas avaliações oftalmológicas, foi observada lesão em dez gestantes e uma criança apresentou lesões oftalmológicas e calcificações cerebrais. A presença de IgM específico antiT.gondii, durante toda a gestação não caracterizou a fase aguda recente da infecção, fazendo-se necessária a realização de testes complementares. Ressalta-se a importância do acompanhamento de neonatos de mães com sorologia compatível com a infecção mesmo sem sinais e sintomas sugestivos de toxoplasmose congênita. Palavras-chaves: Toxoplasmose congênita. Transmissão. Acompanhamento. Sorologia. Abstract This study followed up 2,126 pregnant women cared for at SUS day-care clinics (Public Health Insurance System) of the northwest of the State of Rio Grande do Sul, Brazil. After serological screening we performed a follow up of all pregnant women and their babies. Serologic tests included: IgG, IgM, IgA and IgG avidity levels, mice inoculation and polymerase chain