Toxoplasmose

INTRODUÇÃO A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii e acomete milhões de pessoas no mundo. Em seres humanos, pode causar cegueira ou retardo mental, em casos de gravidez, e pode ser letal em indivíduos com baixa imunidade. É um protozoário intracelular e pode parasitar os mais diversos tecidos de mamíferos e aves, porém os gatos e felídeos são os únicos hospedeiros definitivos. Estes felinos eliminam oocitos (ovos microscópicos) através de suas fezes, contaminando o ambiente, e esses ovos ao chegarem ao solo passam por um processo de esporulação e tornam-se infectantes ao homem e outros animais. Uma das principais formas de contaminação é através da ingestão de carne crua ou mal passada, além da ingestão de legumes, frutas, leite e água contaminados. Essa doença causa um grande impacto na saúde publica, visto que a sua transmissão ocorre de animais para o homem e a partir de alimentos contaminados, tornando-se uma das zoonoses mais comuns a população por falta de informação sobre as maneiras de prevenção e tratamento.

4 HISTÓRIA DA TOXOPLASMOSE Os primeiros vestígios de toxoplasmose foram descobertos em 1908, no Instituto Pasteur, na Tunísia, pelos cientistas Charles Nicolle e Louis Manceaux. Ao realizarem pesquisas de leishmaniose em um roedor (Ctenodactylus gundi), encontraram um protozoário em seus tecidos. Inicialmente, Nicolle achava que o parasita era um piroplasma, depois suspeitou que fosse uma Leishmania, mas logo percebeu que se tratava de um novo organismo e o nomeou Toxoplasma gondii, baseado em sua morfologia (toxo: arco, plasma: vida) e em seu hospedeiro. O nome correto do parasita deveria ser Toxoplasma gundii, mas Nicolle e Manceaux identificaram erroneamente o hospedeiro como Ctenodactylus gondi. Mais tarde, Chatton e Blanc descobriram que o gundi (roedor que vive nas montanhas da Tunísia) não se infectava naturalmente e sim através da caça. Ainda em 1908, Splendore descobriu o mesmo