Mensuração de Dor Os instrumentos para mensurar a dor podem ser unidimensionais ou multidimensionais. Escalas unidimensionais avaliam somente uma das dimensões da experiência dolorosa, e dentre as mais usadas, destacam-se as Escala Visual Numérica (EVN), graduada de zero a dez, nas quais zero significa ausência de dor e dez, a pior dor imáginável; e a Escala Visual Analógica (EVA), que consiste de uma linha reta, não numerada, indicando-se em uma extremidade a marcação de "ausência de dor", e na outra, "pior dor imaginável". Sem dúvida, ambas escalas têm a vantagem de facilitar o contato médico-paciente, ao compartilhar-se a intensidade da dor, e ao paciente um instrumento para "se fazer entender”. Um dos artifícios mais utilizados nestes casos é a graduação da intensidade da dor através de um copo com água, sendo o copo vazio equivalente a dor zero e o copo transbordando, equivalente a dor dez, e entregamos uma jarra com água para que o paciente "nos mostre sua dor". Volumes intermediários de água no copo são transponíveis aos valores de 1 a 9. Para pacientes com boa capacidade de abstração, bem como portadores de deficiências visuais ou motoras que incapacitem o uso da "escala do copo de água", usamos a graduação através de frutas, ao questionamento direto da relação tamanho da fruta em função da intensidade dor: uma dor "tão pequena" quanto uma uva ou tão grande quando uma melância, e sugerimos que gradue sua dor com o tamanho de uma fruta compatível com sua intensidade. Ambos artifícios também são usados para mensuração de dor em crianças, além de um específico: mensuração através das mãos em oração (Escala das mãos) que consiste em um artifício muito simples: a criança é orientada a colocar as mãos em posição de oração, e afastá-las gruduando a intensidade da sua dor, sendo zero a posição inicial, e dez, o máximo que seus braços conseguem distanciar do ponto de inicial. A graduação é feita através de aferição por fita métrica, proporcionalmente em