dor oncológica
Ricardo Alcantara
1 – Introdução.
A Associação Internacional para o Estudo da Dor considera dor como uma experiência sensorial e emocional desprazerosa associada a um dano tecidual potencial ou real ou descrita em termos desta lesão. Em suma, a magnitude real da dor experimentada pelo paciente envolve, além da lesão orgânica propriamente dita, fatores relacionados ao afeto, ao comportamento, à cognição e à percepção fisiológica da pessoa.
Segundo a OMS(WHO), o câncer é responsável por 10% de todas as mortes, sendo que nos países desenvolvidos chegam a 20% dos óbitos. Cerca de 80% dos pacientes com câncer em estádio avançado apresentam dor moderada ou severa e 50% a 80% deles não têm controle adequado desse sintoma.
A dor oncológica é decorrente de inúmeras causas. Pode ser:
1. Somática, devido à ativação dos nociceptores cutâneos e profundos; é muito precisa, bem localizada e é caracterizada como pontada ou agulhada (exemplo: dor da metástase óssea;
2. Visceral que ocorre por compressão, distensão ou estiramento de vísceras maciças ou ocas; é caracterizada como em pressão ou aperto e está associada à náusea ou vômito; e
3. Neuropática, que ocorre quando há lesão parcial ou completa do sistema nervoso central ou periférico, em conseqüência de processos compressivos, infiltrativo ou mesmo lesão da própria estrutura nervosa.
Aproximadamente, 67% da dor oncológica é devido ao próprio tumor, 5% decorredo tratamento (cirurgia, radioterapia e quimioterapia) e 22% coincide com a neoplasia.
A dor persistente (Cronificada) ocasiona alterações do sono e do apetite, além de provocar ansiedade, depressão e deterioração física. Por isso, o alívio da dor deve ser feito durante toda a evolução da doença.
2 - Princípios Básicos.
A relação de confiançamédico-paciente é de extrema importância para o tratamento do doente com dor oncológica. Oprofissional de saúde deve confiar no paciente e demonstrar que acredita nas suas queixas.
a) Avaliação inicial da