Menino de engenho
Formou-se em Direito, no Recife, e foi promotor em Minas Gerais. Exerceu como funcionário do Ministérioda Fazenda, o cargo fiscal de bancos, em Maceió, onde conviveu com Graciliano Ramos, Raquel de Queiróz e Jorge Lima.
Em 1935, fixou residência no Rio de Janeiro e, em 1953, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Influências
Segundo o próprio autor, sua obra de ficção pode ser dividida em:
a) Ciclo da cana-de-açúcar: Menino de engenho, Doidinho, Bangüê, Usina e Fogo morto;
b) Ciclo do cangaço: do misticismo e da seca: Pedra Bonita e Cangaceiros;
c) Obras independentes: O moleque Ricardo, Pureza e Riacho Doce (que de algum modo associam-se aos ciclos anteriores).
As obras do chamado "ciclo da cana-de açúcar" são as mais importantes, destacando-se em Fogo Morto. Nelas, o autor procura retratar o início da decadência dos senhores de engenho, o advento da usina-de-açúcar, com seus métodos modernos de produção, e a formação de uma nova estrutura econômica e social na região açucareira do Nordeste.
As características marcantes desse ciclo são: o memorialismo, a visão de mundo sob a ótica do senhor de engenho, a linguagem espontânea e certa consciência crítica em relação à miséria e ao subdesenvolvimento do Nordeste.
Esses fatos tiveram grande influência do amigo Gilberto Freyre, que depois de anos de estudo nos EUA, voltou com ideais marcantes sobre a nova formação social brasileira e, neste sentido, o senhor de engenho tinha papel fundamental no contexto histórico