Meninas e mulheres na educação dom império brasileiro
Em pleno século XXI, ainda vivemos uma sociedade machista e preconceituosa que independente da situação vai sempre colocar a mulher em condição de desvantagem em relação ao homem. É fato, que a situação de hoje é melhor se compararmos com os anos 60, 70, 80 e 90, no entanto, não é raro ouvirmos no jornal que uma mulher foi violentada, espancada e/ou morta por um homem, ou que, mesmo tendo a mesma formação realizando as mesmas tarefas ganham até 40% a menos que eles. Tal comportamento não nasce no adulto, ele cresce com a criança quando ela começa a ouvir já em casa que, azul é de menino e rosa de menina e que as tarefas domesticas são deveres apenas das mulheres.
Esse pensamento machista está entranhado na sociedade brasileira, não nasceu ontem, ele nos acompanha desde o inicio da formação do nosso povo com a chegada dos primeiros portugueses, a transformação do Brasil em Colônia e alguns séculos depois com a fuga da família real para cá em Capital do Império.
Durante o império brasileiro o papel de soberania do homem sobre a mulher era evidente, enquanto ele trabalhava e provia o sustento da família a ela restava tomar conta dos filhos e da casa. No que diz respeito à educação da época, também existia uma distinção entre a educação para os meninos e a educação para as meninas. Existiam matérias que não lhes eram permitidas estudar como, por exemplo, geometria e aritmética, pois eram consideradas “cabeças frágeis”.
A Lei Geral de Ensino de 15 de outubro de 1827 consagrou esta distinção ao estabelecer a exclusão do ensino de geometria e impor limites ao ensino de aritmética nas aulas meninas. (GONDRA)
Outra diferença está no objetivo da educação dada a cada um, enquanto o menino é formado para o trabalho e para pensar a menina é formada para ser mãe e dona de casa. ”Para as meninas, a doutrina cristã, leitura, escrita e cálculo elementar seriam ensinamentos suficientes, acrescidos, porém, das “prendas que