Mendelismo
(T3)
Texto adaptado de:
MOORE, J. A. Science as a Way of Knowing -
Genetics. Amer. Zool. v. 26: p. 583-747, 1986.
MENDELISMO: AS LEIS DA SEGREGAÇÃO
E DA SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE
AS ORIGENS DA GENÉTICA
O ano de 1900 marca o início da Genética
Moderna. Foi quando um modesto, subestimado e esquecido trabalho de um monge Agostiniano, falecido em 1884, tornou-se conhecido pela comunidade científica em geral. A área de cruzamento animal e vegetal tinha passado por um período longo e não-excitante de “ciência normal” kuhniana, mas em 1900 estava para acontecer uma notável mudança de paradigma e a Genética estava a caminho de se tornar uma
Ciência com ampla capacidade de explicar fatos e de fazer previsões. O novo paradigma surgiu com a descoberta de um trabalho longo e pouco conhecido, Versuche über Pflanzen-Hybriden, baseado em conferências que Gregor Mendel proferiu na Sociedade de História Natural de
Brünn, na Áustria (hoje Brno, na atual República
Tcheca) em 8 de fevereiro e 8 de março de 1865, publicado em 1866.
A história é familiar aos professores de Biologia e uma fonte apropriada de documentos básicos é fornecida por Stern & Sherwood (1966).
Dois cientistas, o holandês Hugo de Vries (1900) e o alemão Carl Correns (1900) são considerados como os primeiros a compreender a importância do que Mendel tinha feito. Um terceiro cientista, o austríaco Erick von Tschermark, é usualmente incluído como um dos redescobridores mas Stern e Sherwood (1966, p. X-XI) dão razões de porque ele não merece esse reconhecimento.
De Vries havia cruzado numerosas “espécies” e variedades de plantas durante a última década do século XIX. Naquela época, o termo “espécie” era às vezes aplicado para plantas cultivadas que diferiam entre si por um ou poucos alelos capazes de produzir grandes alterações fenotípicas e que hoje são considerados como pertencentes à mesma espécie. De Vries adotou o ponto de vista de que estas diferentes