Mendelismo
Características favoráveis da ervilha
Na metade do século XIX, as pessoas interessadas em hibridação de plantas tinham uma riqueza de material à sua disposição. Numerosas variedades de uma mesma espécie, tanto de plantas comestíveis como ornamentais, tinham sido selecionadas. Muitas das variedades diferiam bastante entre si; algumas eram tão diferentes que chegavam a ser consideradas espécies distintas e recebiam nomes científicos próprios.
Mendel decidiu trabalhar com ervilhas e começou com 34 variedades. Ele as cultivou por duas estações para estar seguro de que elas eram capazes de se cruzar e produzir descendência fértil. No final reduziu o número a 22 variedades.
As ervilhas tinham vantagens importantes. Além de existir muitas variedades disponíveis, como já mencionamos, elas eram fáceis de se cultivar e seu tempo de geração era curto. Os descendentes obtidos por cruzamento entre as variedades eram férteis. A estrutura da flor também era importante. Os estames e pistilos ficavam encobertos pelas pétalas e, se as flores fossem cobertas para evitar a ação dos insetos, elas se autofecundavam, isto é, o pólen caía sobre o estigma da mesma flor. Apesar disso, era possível fazer cruzamentos experimentais removendo as anteras antes da maturação da flor e, mais tarde, colocando pólen de outra planta sobre o estigma. Assim, Mendel podia cruzar qualquer uma das suas variedades ou, se ele deixasse as flores intactas, a próxima geração seria resultado da autofecundação.
A análise matemática
Aqueles que já ensinaram Genética mendeliana sabem que muitos estudantes têm dificuldade com a Matemática. Isso poderá se tornar mais fácil quando chegarmos a 1903 e colocarmos as unidades hereditárias nos cromossomos, mas vale fazer um pequeno esforço agora para entender alguns aspectos críticos do modelo mendeliano como, por exemplo, a proporção 3 : 1 para um par de estados contrastantes de um caráter pode ser expandida para a