Mendel
“ Estamos todos familiarizados com a sensação de nos sentirmos impelidos ou levados a comportarmo- nos de determinado modo e a desejar agir de uma maneira particular, a fim de conseguirmos certos fins ou objetivos. Geralmente atribuímos estes impulsos e desejos à motivação e acreditamos que estamos motivados a procurar, por exemplo, alimento, sexo, riqueza, relações sociais, e assim por diante. Encaramos tais motivos como as causas básicas e determinantes de todo o comportamento que não seja casual, trivial ou simplesmente habitual.”
M. Vernon, Motivação humana
Conceito de motivação
A motivação pode ser definida como uma força interna que orienta o nosso comportamento, tendo em vista determinado fim. Esta força interna, que podemos designar por impulso ou motivo, mobiliza a energia do organismo dirigindo-a para determinados objetos ou situações do meio. Esta energia, que nos orienta em direção ao objeto procurado, cessa quando este é atingido, alcançado.
Exemplo da fome
A sensação de fome é geralmente vivenciada por contrações no estômago.
Procuramos alimentos, ingerindo-os até nos sentirmos saciados, isto é, até a fome ter desaparecido. Pode- se descrever este comportamento em quatro fases:
Experiência de uma necessidade – a necessidade representa um estado de desequilíbrio, de insatisfação, de desconforto do organismo; neste caso sentimos fome. A necessidade passa a ser representada por um impulso, isto é, por uma tensão ou energia que visará satisfazer a carência. Essa energia vai concretizar-se num conjunto de comportamentos em direção a um objetivo: procuro alimento e preparo-o; se estou fora de casa, dirijo-me a um café ou restaurante. Nesta fase desenvolve-se portanto, todo um conjunto de condutas que pode-se designar por comportamentos instrumentais ou preparativos.
Se estes comportamentos são bem- sucedidos, o objetivo é atingido. Neste caso, o alimento, que é o alvo para o qual se dirigiu a