Memórias póstumas de Brás Cubas
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de Junho de 1839. Filho de um operário mestiço negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis. Ainda muito novo perdeu sua mãe e foi criado pela madrasta, Maria Inês, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentará.
Considerado como imortal Machado de Assis é, sem dúvidas, um marco importante para a história da literatura brasileira. Preocupado em enquadrar-se a todos os estilos literários à sua época, escreveu grandiosas obras em quase todos os segmentos. Machado apoiou a ideia de criação da Academia Brasileira de Letras. Desde então, passou a comparecer às reuniões preparatórias e, no dia 28 de Janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de Setembro de 1908.
‘’ Memórias Póstumas de Brás Cubas ‘’ é uma obra excepcionalmente criada como folhetim, mas publicada, em 1881, como livro pela Tipografia Nacional. A ação do romance abarca a segunda metade do século XIX, período que corresponde ao governo de D. Pedro II. A juventude de Brás coincide com a Independência do Brasil. Em 1822. Assim, sua chegada à idade pode simbolizar a maturidade social brasileira. Obra considerada como marco inicial do Realismo no Brasil. O livro é dotado de ironias às típicas nuances da elite privilegiada, severa constatação da escravidão e nítida presença das classes sociais.
A obra revela uma narração feita por um defunto. Suas memórias são retratadas em primeira pessoa e ele mesmo se autodenomina um defunto-autor. Brás Cubas era da elite carioca e começa dando forma ao seu enredo por meio da dedicatória. Como ele mesmo ressalva, a obra é dedicada aos vermes que então o roeram no seu túmulo. Dedica uma parte do