Memorial do convento
Fala na 1ª, dialoga com outras personagens
Ex.: O fidalgo do cortejo do casamento dos príncipes (que explica João Elvas o que se vai passando) * Heterodiegético
Está fora da história que narra;
Fala na 3ª pessoa;
Descreve, sentencia, profetiza. * Em memorial do convento, o narrador conta a história com partes e comentários:
- Com uma voz distanciada e impessoal.
- Com uma voz intemporal, comentando os acontecimentos do passado à luz presente:
- Apresentando marcas de oralidade;
- Como se estivesse dentro e fora das personagens (omnisciente).
* Saramago rejeita a omnipotência do narrador, na medida em que é o autor que põe em causa presente que conhece e o passado que lhe chega através das suas investigações. Para Saramago, a omnipotência do narrador é pura ficção. * Uma voz narrativa controla a acção narrada, as motivações e os pensamentos das personagens, mas também as suas reflexões e juízos valorizados. * Em MC há diversas vezes um discurso sobre sobreposições narrativas com uma voz (ou um plural de vozes) que tanto descreve como desconstrói as situações que dialoga com o narratário ou manuseia as personagens como títeres que domina os conhecimentos da historia ou se sente limitado que faz ponderações ou ironiza.
Dialoga: com o narratário
Manipula: as personagens
Apaga-se: face às personagens
Ironiza/ Assume-se/ Compreende-se
Domina e Autolimita-se: face ao conhecimento da história
Profetiza: atitude crítica de denúncia (ironia)
Descreve: as paisagens, situações, factos acontecidos e a acontecer.
O narrador é ainda: Antiético
Histórico: contrapõe-se ao discurso do poder que valoriza o empreendimento megalómano do rei, um discurso que revela o absurdos imposições reais, um discurso dessacralizador do poder régio;
Religioso: o narrador incorpora referências religiosas, inclusivamente o texto bíblico. A originalidade ressalta das marcas transgressoras do sagrado que balançam entre