Memorial do Convento
IDEIAS PRINCIPAIS A RETER
Memorial do Convento evoca a história de Portugal durante o reinado de D. João V, no século XVIII, procurando uma ponte com as situações políticas de meados do século XX.
Durante o reinado de D. João V, o rigor e as perseguições do Santo Ofício aumentam, com vítimas que podem ser cristãos-novos ou todos os considerados culpados de heresias, por se associarem a práticas mágicas ou de superstição.
Memorial do Convento é uma narrativa histórica que entrelaça personagens e acontecimentos verídicos com seres construídos pela ficção.
A reconstituição da história passa pela ficção, revelando um aparente desprezo do tempo.
Em Memorial do Convento, o romance histórico convive e entretece-se com o universo mágico criado pela ficção.
Romance histórico - Memorial do Convento oferece-nos uma minuciosa descrição da sociedade portuguesa do início do século XVIII.
Romance social - dentro da linha neo-realista preocupa-se com a realidade social, em que sobressai o operariado oprimido.
Romance de intervenção -visa denunciar a história repressiva portuguesa da primeira metade do século XX
Romance de espaço -representa uma época, interessando-se por traduzir não apenas o ambiente histórico, mas também vários quadros sociais que permitem um melhor conhecimento do ser humano.
A ação principal é a construção do Convento de Mafra, que entrelaça o desejo megalómano do rei com o sofrimento do povo.
Paralelamente à ação principal, encontra-se uma ação que envolve Baltasar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas, numa história de espiritualidade, ternura, misticismo e magia a que se liga a construção da passarola.
Os espaços físicos e sociais privilegiados são Lisboa e Mafra.
Saramago rejeita a omnipotência do narrador, na medida em que considera que é o autor que põe em causa o presente que conhece e o passado que lhe chega através das suas investigações. Para Saramago, a omnipotência do