Membrana Plasmatica
No século XIX, Kölliker observou que células animais e vegetais quando colocadas em soluções iônicas concentradas, permitiam a passagem de água, mas não de outras moléculas solúveis, isso sugere a existência de uma barreira semipermeavél envolvendo as células. O primeiro modelo para a membrana plasmática ocorreu em 1825, proposto por Gorter e Gendel. Só em 1895, Charles Overton deu força a esta teoria, tendo observado que a membrana celular apenas deixava passar algumas substâncias, todas lipossolúveis. Em 1935, Danielli e Davson sugeriram um outro modelo, sendo derrubado em 1961 por Robertson, que também veio a cair após a proposta de Singer e Nicolson em 1972 aceita até hoje.
As biomembranas são estruturas laminares organizadas, compostas principalmente de lipídios e proteínas, que definem os limites entre as células e o ambiente extracelular. Elas formam barreiras de permeabilidade seletiva, que regulam a composição molecular e iônica do meio intracelular. Elas também tornam possível a compartimentalização das atividades metabólicas, através da segregação de enzimas e outros componentes nas diferentes organelas membranosas presentes na célula.
As biomembranas possuem muitas enzimas e sistemas de transportes importantes. Alguns tipos especializados de membranas geram gradientes iônicos que podem ser utilizados para sintetizar ATP ou para produzir e transmitir sinais elétricos. Além disso, na superfície externa das células, estão localizados muitos sítios receptores ou de reconhecimento, que podem interagir com outras moléculas ou mesmo com outras células. Apesar dessas diferentes funções, as membranas têm em comum a sua estrutura geral: uma bicamada composta de lipídios e proteínas, mantidos juntos principalmente por interações hidrofóbicas.
A membrana celular é a estrutura que delimita todas as células vivas, tanto as procarióticas como as eucarióticas. Ela estabelece a fronteira entre o meio intra-celular e o meio extracelular