Melodrama
Com a revolução Inglesa do século XVII, em que a monarquia, severamente limitada, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou o regime parlamentarista que permanece até hoje, surge no cenário teatral uma estética denominada “drama Burguês”, que antecede o “Melodrama”.
Naquela época, a vaidade dos comerciantes enriquecidos com tal revolução, passou a imitarem os costumes da aristocracia, exigindo na cena teatral a representação de seus valores e não mais a exclusividade dos nobres. Nivelle de La Chaussée, inventa a “comédia lacrimejante”, falando sobre a infidelidade do marido. Mas é em “O Mercador de Londres” de Lillo (1732), em que a peça aborda assassinato, amor e vida cotidiana, começa a aparecer os primeiros tons do “Melodrama”. Foi neste mesmo período que Diderot lançou sua teoria sobre o Drama Burguês.
O melodrama é um gênero teatral que começou a se desenvolver no século XVIII, influenciando as artes dramáticas até os dias atuais. Sua especificidade é a utilização de música e ação dramática (diálogos falados), porém se diferenciando da ópera, por utilizar música incidental para expressar a carga emocional das personagens e as situações em que se encontram imersas. Já no século XIX, o melodrama se define como gênero teatral, por utilizar com autonomia a prosa, numa linguagem popular, recheada de mistério, sentimentalismo, suspense, e outras formas de sofrimento e alegria próprias do cidadão comum, o proletariado.
É característica do melodrama intensificar as virtudes e vícios das personagens, sejam elas vilãs ou heróis, enfatizando-lhe artificialmente determinadas características, pois o objetivo maior desta estética é impressionar e comover cada espectador, através da “verossimilhança” (semelhança com a realidade), reafirmando a qualidade moral e