estudante
Marisa Cosenza Rodrigues
Nathalie Nehmy Ribeiro
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora – MG – Brasil
Resumo: A empatia parece ser aprimorada com o desenvolvimento de fatores sociocognitivos. O estudo investigou diferenças no grau de habilidades empáticas e quanto ao gênero em crianças participantes e não participantes de um programa de desenvolvimento sociocognitivo, implementado por docentes com o objetivo de promover a linguagem referente aos estados mentais e o processamento de informação social. A pesquisa envolveu 40 crianças de 7 anos (21 meninos e 19 meninas): 20 crianças participantes e 20 crianças não participantes do referido programa. Após o término do programa, aplicou‑se individualmente a escala de empatia para crianças e adolescentes. Houve 284 respostas empáticas (65%) no grupo participante e 244 respostas empáticas (55%) no grupo não participante, sendo tal diferença significativa, ou seja, o grupo‑alvo do programa respondeu de forma mais empática. Quanto ao gênero, não foram encontradas diferenças significativas. Conclui‑se que o programa implementado contribuiu indiretamente para o desenvolvimento das capacidades empáticas infantis.
Palavras‑chave: empatia; desenvolvimento sociocognitivo; linguagem; ensino fundamental; promoção.
Introdução
Considerada elemento fundamental para um desempenho socialmente competente da criança em diferentes contextos sociais, a empatia insere‑se, segundo Björkqvist, Öster man e Kaukiainen (2000), como um dos componentes das habilidades sociais. Como ob‑ servam Pavarini, Del Prette e Del Prette (2005b), o conceito de empatia teve definições por vezes conflituosas em diferentes áreas de investigação, tais como a estética, a socio‑ logia e a psicologia. De acordo com Sampaio, Camino e Roazzi (2009), a ideia da empatia como uma característica pela qual alguém