Melhoramento Genético
O melhoramento animal nos apresenta um vasto campo de discussões. Não temos como objetivo determinar um padrão de criação, mesmo porque nem abordamos aspectos como displasia coxofemoral, displasia de cotovelo, hemofilia, e outras patologias de cunho genético. A idéia é compreendermos as bases científicas do melhoramento, para obtermos sucesso maior nesta frustrante incursão de criar cães para trabalho.
Devemos estabelecer critérios rígidos de escolha dos reprodutores e matrizes, sempre baseados no desempenho. É imprescindível que utilizemos a melhor técnica de treinamento para que os animais expressem ao máximo seu potencial genético e nos forneçam uma correta avaliação de sua capacidade de trabalho.
Para alcançar nossos propósitos sem naufragar, todos os segmentos envolvidos na criação devem ser competentes em sua função e em sintonia com um objetivo comum. Os juízes de provas precisam ser treinadores e competidores atualizados e atuantes; os treinadores devem aprimorar incessantemente sua técnica; os figurantes de prova devem ser honestos e conscientes da importância do seu papel, e, os criadores devem ser assessorados de perto pelos anteriores.
Finalizando, não nasce laranja em coqueiro, e não conseguiremos desenvolver uma raça de trabalho se esta for selecionada pela estética. A única maneira de se conduzir a criação de uma raça de trabalho é através do desempenho dos indivíduos em trabalho. Uma raça só pode ser considerada raça de trabalho se houver um critério geral de seleção em trabalho, e se, uma proporção considerável dos indivíduos desta raça é submetida com sucesso ao trabalho proposto.
Atualmente, o “aprimoramento” significa criar cachorros apenas com as características definidas, dentro dos padrões estabelecidos pelas associações de criadores. Se sair em uma ninhada um cachorro fora da cor normal, ou com um comportamento atípico, ele não irá cruzar com outros para não passar adiante um padrão “defeituoso”. É preciso que