Melhoramento do trigo
I.
H E R E D I T A R I E D A D E D A TOLERÂNCIA À TOXICIDADE
DO ALUMÍNIO
CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA CAMARGO (2), Seção de Arroz
Instituto
e Cereais de
Inverno,
Agronômico
RESUMO
Quatro cultivares de trigo mostrando diferentes reações para a toxicidade de alumínio em condições de campo e apresentando grande variação em altura, foram estudados em solução nutritiva, utilizando-se diferentes concentrações de alumínio. O cultivar
BH-1146, de porte alto, foi tolerante a 10 ppm de alumínio; o 'Atlas-66', também de porte alto, mostrou tolerância a 6 ppm, mas apresentou pequena tolerância a 10 ppm de alumínio. O 'Tordo', originário do cultivar Tom Thumb, uma fonte de nanismo, foi tolerante a 2 ppm, mas totalmente suscetível a 6 ppm de alumínio. O 'Siete Cerros', semi-anão e de origem mexicana, derivado do cultivar Norin-10, foi sensível a 2 ppm de alumínio. Pais, gerações F1 e F 2 dos cruzamentos entre esses cultivares, e em alguns casos, incluindo também os retrocruzamentos para ambos os pais, foram testados em soluções nutritivas contendo diferentes concentrações de alumínio. Os resultados obtidos mostraram que, para 2 ppm de alumínio, o cultivar Tordo diferiu do 'Siete Cerros' por um par de genes dominantes para tolerância; para 3 ppm, o cultivar BH-1146 apresentou um par de genes e 'Atlas-66', dois pares de genes dominantes para tolerância quando foram cruzados com os cultivares Siete Cerros e Tordo; para 6 ppm de Al, quando os cultivares BH-1146 e Atlas-66 foram cruzados entre si, mostraram ter um par de genes dominantes para tolerância cada um; o mesmo cruzamento entre o cultivar BH-1146 e
Atlas-66 estudado a 10 ppm mostrou que 'BH-1146' diferiu do 'Atlas-66', que foi suscetível a essa concentração de alumínio, por um par de genes dominantes para tolerância.
Os estudos das diferentes populações híbridas mostraram que a maioria dos genótipos heterozigotos testados a 6 e 10 ppm de alumínio, os quais eram