meira republica do brasil
Primeiros contatos com a colônia
Os portugueses não iniciaram a colonização imediatamente após chegarem às futuras terras brasileiras. Nos trinta primeiros anos, eles se limitaram a defender o território de outros invasores europeus e a explorar o pau-brasil, árvore da qual se extraía tinta para tingir tecidos - como na época não existiam corantes artificiais, esse comércio era bastante lucrativo.
O maior foco de interesse dos portugueses, entretanto, recaía sobre os metais e as pedras preciosas. Eles organizaram diversas expedições em busca dessas riquezas, mas não obtiveram sucesso, ao contrário dos espanhóis, que já haviam encontrado minas em suas colônias americanas. Esse fato, além de terem fontes de riqueza garantidas na África, contribuiu para um relativo desinteresse português pela colonização do território americano.
Nesse período, o espírito mercantilista predominante na Europa atribuía grande valor ao acúmulo de ouro e prata. Além de abraçarem esse espírito, os portugueses decidiram concentrar sua atenção no comércio de especiarias e outros artigos de luxo com as índias Orientais, que lhes propiciava elevados lucros.
Nos primeiros anos da ocupação, o "desinteresse" português pelo Brasil ocorreu também por conta da exploração da costa africana no início do século XVI. Portugal havia estabelecido feitorias na costa da África para o comércio de escravos.
A primeira feitoria
A primeira feitoria construída no Brasil foi a de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, em 1504. Em 1516, ela foi transferida para Itamaracá, no atual estado de Pernambuco. Com a criação das capitanias hereditárias, em 1534, todas as feitorias foram desativadas.
O comércio de especiarias
Quando se lançaram ao mar no período que se tornou conhecido como Grandes Navegações, os portugueses desejavam chegar às índias (nome que designava genericamente o Oriente) para adquirir especiarias e revendê-las na Europa. As principais