meiose
A preocupação pela ocupação racional de um determinado espaço para abrigar um conjunto de pessoas é pelo menos tão antiga quanto a própria história da humanidade. As primeiras formas de organizações sociais ocorrem de modo bastante simples, iniciando com a capacidade do homem primitivo de escolher um lugar confiável e seguro onde pudesse se proteger dos animais e das intempéries da natureza, e o primeiro lugar utilizado pelo homem primitivo foram as cavernas, usadas principalmente como dormitório.
Foi justamente no entorno dessas cavernas que surgiram as primeiras aglomerações humanas. Foram nessas localidades que o homem iniciou o domínio das técnicas agrícolas, visando o cultivo de plantas e a domesticação de animais, garantindo-lhe a permanência por mais tempo num mesmo lugar, o que consequentemente resultou na “sedentarização que vai produzir uma nova relação entre homem e natureza. Essas localidades, embora não fossem ainda cidades, iam se produzindo de maneira que houvesse relação de domínio com o território e gestão da vida coletiva”. Spósito (1994,)
A urbanização verificada na actualidade não difere da praticada a partir da revolução industrial, pois, naquele período a industrialização fomentou o nascimento de grandes centros e aglomerados urbanos sem estrutura, saneamento, ou condições salubres de moradia, características estas cada vez mais presentes nas cidades contemporâneas, capitais e regiões metropolitanas (SANTOS, 2005).
As cidades do terceiro mundo são caracterizadas por serem cidades que surgiram sem infra-estrutura e disponibilidade de serviços urbanos capazes de comportar o crescimento provocado pelo contingente populacional que migrou para as cidades (Braga at alll, 2001).
Neste contexto de cidades despreparadas para receber o imenso contingente de pessoas e absorver toda essa mão-de-obra, era de se esperar graves consequências negativas, como por exemplo: colapso dos sistemas de transportes colectivos, congestionamentos