Medo de fazer exames
Fobias atrapalham e até impedem a realização de exames de sangue, tomografias e ressonância magnética
Giuseppe D’Ippolito
Giuseppe: informação para reduzir a ansiedade
A palavra fobia traduz o medo persistente e irracional, muitas vezes injustificado e desproporcional que se manifesta em determinadas situações ou na presença de objetos específicos, como por exemplo: escuridão, trovão, animais, espaços fechados. Cada vez mais observa-se o medo de se fazer exames clínicos, diagnósticos e procedimentos médicos de rotina. Trata-se de um transtorno mental que, quando muito intenso, torna-se incontrolável, causa temor patológico e muitas vezes leva o indivíduo a ter reações imprevisíveis. As estatísticas revelam que cerca de 1% a 2% dos exames de diagnóstico por imagem, como a ressonância magnética, a tomografia computadorizada e o raio X, têm de ser refeitos devido a interferências de movimentos que prejudicam os resultados. Cerca de 5% dos pacientes simplesmente não fazem os exames indicados pelo especialista em virtude do medo.
A fobia desencadeia uma série de alterações clínicas que podem ser de origem central (psíquicas), como intensa ansiedade e senso de opressão; ou periféricas (somáticas), secundárias a uma descarga de adrenalina e que consistem em aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, sudorese, secura na boca, tensão muscular, vertigens, distúrbios gastrointestinais e até movimentos involuntários. Algumas destas reações interferem diretamente no resultado de exames, o que dificulta o diagnóstico preciso e exige nova realização do exame. O paciente que fica ofegante e tem falta de ar, por exemplo, pode prejudicar a qualidade de exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Fobias são mais comuns do que se imagina; encontram-se listados mais de 200 tipos diferentes delas, algumas bastante conhecidas, como a claustrofobia (medo de lugares fechados ou de ser enclausurado); outras comuns, como