Resumo sobre câncer no colo do útero
Marcele Peretto¹, Luciana Balestrin Redivo Drehmer², Heloísa Maria Reckziegel Bello
O câncer do colo de útero é uma das neoplasias que apresentam um dos mais altos potenciais de cura, quando diagnosticado e tratado precocemente. Contudo, apresenta altas taxas de prevalência e mortalidade, configurando-se em um grave problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento.
A OMS estima a ocorrência de 500 mil novos casos de Câncer de Colo de útero (CCU) por ano no mundo. No Brasil, mesmo que nas últimas décadas tenha se buscado a reorganização da atenção básica – por meio da Estratégia de Saúde da Família- o número de casos da doença ainda é preocupante. O Instituto Nacional de Câncer estima que essa seja a terceira neoplasia mais comum entre as mulheres, superada apenas pela de pele e de mama, sendo a quarta causa de morte por câncer nessa população.
Alguns tipos do Vírus do Papiloma Humano (HPV) são os principais agentes causadores do CCU, além disso, outros fatores que contribuem para o aparecimento da doença são tabagismo, baixa ingestão de vitaminas, uso de contraceptivos orais, iniciação sexual precoce, multiplicidade de parceiros sexuais, multiparidade e coinfecção por agentes como o vírus HIV e a Chlamydia Trachomatis.
Na fase pré-clínica do CCU tem-se a possibilidade de detectar lesões precursoras por meio da realização do exame citológico (CP), principal estratégia de rastreamento preconizada pelo Ministério de Saúde no Brasil. Recomenda-se que esse exame seja feito anualmente em mulheres de 25 a 60 anos de idade e, após dois exames consecutivos com diagnóstico dentro da normalidade, seja realizado novo exame a cada três anos. Essa recomendação baseia-se na observação da história natural da neoplasia, que apresenta lenta progressão para a doença mais grave.
A prioridade etária para detecção precoce é de 35 a