Medicina paliativa
Ainda assim, as poucas salas do País que oferecem tratamento paliativo são encaradas por visões totalmente distintas.
Parte enxerga nelas “uma sentença de morte”. Já a outra observa, nos mesmos locais, a chance quase exclusiva de ter qualidade de vida, mesmo com diagnóstico tão severo e quase sem oportunidade de sobrevivência.
Por parecer um contraponto – e não uma aliada – da medicina curativa, a área sofre preconceito e é negligenciada na maior parte dos hospitais. Por isso, médicos, Ongs e entidades se uniram para tentar reverter esta situação, ao menos, para as vítimas de câncer de mama.
“A medicina está muito empenhada em curar e se importa pouco em tratar bem e com dignidade o paciente”, afirma a vice-presidente da América Latina da American Cancer Society (ACS), Alessandra Durstine.A ACS, maior instituição não governamental em saúde do mundo, veio ao Brasil convocar as entidades brasileiras a mudar os paradigmas do cuidado paliativo para mulheres com câncer de mama.
Em parceria com a Federação Nacional das Associações do Câncer de Mama (Femama), foi realizado um fórum em São Paulo este mês. Junto com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e os maiores hospitais de referência para a neoplasia das mamas foi definido que, depois de disseminar a importância da mamografia, a bandeira levantada agora para combater o inimigo da saúde feminina é o cuidado