A medicina paliativa no brasil
A medicina paliativa visa amenizar as dores e sofrimento de pacientes onde a cura não é mais possível e fornecer uma ajuda psicológica e humanitária aos seus familiares.
Em alguns países, como Inglaterra e Estados Unidos, a medicina paliativa é uma especialidade médica reconhecida, custeada pelo Governo e por doações.
Confrontando a figura 02, que simboliza com exatidão a realidade vivida em nosso país, com a figura 01, que reproduz um falso retrato de um ambiente hospitalar bem estruturado, nos quais pacientes e familiares recebem atendimento adequado de medicina paliativa, tem-se, naquela imagem, um retrato mais fiel da realidade brasileira, que está muito distante do demonstrado na figura 01.
Pacientes sem atendimento adequado, famílias abandonadas e sem acompanhamento psicológico, falta de profissionais que ofereçam atenção baseada em critérios científicos e de qualidade, refletem com maior exatidão o dia a dia dos pacientes e familiares do Brasil.
O método paliativo de tratamento ainda é visto com muito preconceito pela sociedade, pois, muitas pessoas confundem este tipo de medicina com eutanásia, por causa das altas doses de medicações, geralmente morfina, utilizadas para o alívio da dor.
A população reprova o método paliativo por não conhecer os princípios nos quais são fundamentados: alívio do sofrimento, compaixão pelo doente e seus familiares, controle impecável dos sintomas e da dor, busca pela autonomia e pela manutenção de uma vida ativa enquanto ela durar.
De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), o tratamento em cuidados paliativos deve reunir as habilidades de uma equipe multiprofissional para ajudar o paciente a adaptar-se às mudanças de vida impostas pela doença, e promover reflexão necessária para o enfrentamento desta condição de ameaça à vida de pacientes e familiares.
O que ocorre em nosso país está longe de ser um tratamento de qualidade, no que diz respeito aos objetivos